
“Nada que um homem faça o envelhece mais do que o permitir tomar-se pelo ódio por alguém.”
- MARTIN LUTHER KING -
Sentir raiva não é de todo mal, na verdade pode ser o estopim necessário na circunstância ou contexto que desencadeia uma série de ações e atitudes que podem mudar os rumos dos acontecimentos e principalmente das consequências. A energia empregada na raiva, mesmo que o nível de agradabilidade seja extremamente baixo, pode colaborar para impulsionarmos nossas ações e comportamentos para fora da zona de conforto, criando uma insatisfação pelo evento e uma necessiadade de mudança e transformação.
Algumas das atitudes que tomamos, como por exemplo reinvindicar direitos, buscar justiça, não tolerarmos o racismo, discriminação entre outras situações que nos causam raiva, podem ser necessárias para que a mudança seja eminente e imediata. Mas para que a raiva nos sirva de forma positiva, é preciso desenvolver a capacidade de rápida recuperação deste estado emocional e usar a energia empregada em ações mais benéficas coletivamente e para o bem comum.
No contrário, alimentar a raiva sem se recuperar do estado emocional, pode ocasionar o aumento de atitudes violentas, bruscas, gritos, ofensas e agressividade, sejam estas apenas verbais ou até mesmo físicas, o que de certa forma é deixar-se levar pela energia empregada na emoção e dar o mesmo sentido na solução do problema, conflito ou situação, sem questionar a necessidade não atendida e buscar soluções positivas.
“Mais penosas são as consequências da ira do que as suas causas.”
- MARCO AURELIO -
Essa coerência entre sentimento de raiva e irratação e a forma como a expressamos pode representar de forma autêntica nosso estado emocional, mas com certeza não representa nossas reais intenções, necessidades e desejos e muito menos nossa insatisfação, e mesmo que seja genuína, não favorece a solução, somente agravando ainda mais o problema.
A rápida recuperação do estado de raiva, depende da busca pelo propósito, pelos objetivos e pelas expectativas e intenções reais, e para isso o autoconhecimento e autoconsciência de seus próprios valores, crenças, virtudes e necessidades é essencial.
RAIVA: Energia (8) / Agradabilidade (2)
Para encontrarmos o real sentido e sensação de raiva, é preciso se perguntar:
O que é e o que significa sentir isso?
Como sei que estou sentindo isso?
Como percebo este sentimento/emoção nas outras pessoas?
Como normalmente expresso este sentimento/emoção?
Este tipo de sentimento/emoção atende ou não as minhas necessidades?
Que tipos de situações me permitem sentir isso?
Que tipo de valores ou crenças estão por trás deste sentimento/emoção?
Que reações fisiológicas percebo no meu corpo quando estou sentindo isso?
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