Cada vez mais, em um mundo imprevisível e caótico, com distrações e tentações de resultados fáceis e rápidos, estamos perdendo nossa capacidade social de nos conectarmos de forma genuína e autêntica como se esta prática de vulnerabilidade emocional fosse algo mal visto pela maioria e até mesmo proibida.
Evitamos a todo custo conversas difíceis e situações que nos coloquem expostos emocionalmente, criando armaduras e escudos que impedem qualquer comportamento de empatia, clareza e transparência.
Com isso, nos isolamos cada vez mais de relacionamentos que criem vínculos emocionais, espirituais e psicológicos nos fechando para o mundo, e criando crenças generalizadas e verdades absolutas que afastam qualquer vestígio de motivação e engajamento e muito menos sentir ou fazer algo que realmente gere colaboração, respeito e confiança.
Além disso criamos nossos próprios padrões, distorcemos a informação e fato ajustando-os as nossas crenças, associamos as nossas emoções a nossas ações e comportamentos, ignoramos e substimamos o aprendizado e novas experiências.
E ainda, para completar o cenário, propagamos esses comportamentos e influenciamos as pessoas a seguirem o mesmo padrão, principalmente quando lidamos com gerações mais novas, filhos e pessoas que se inspiram em nós, não assumindo a nossa parcela de responsabilidade.
A este autoisolamente, atribuímos ao orgulho características de arrogância, superioridade e presunção ao invés de valorizarmos a dignidade e a temperança, e estas atitudes criam profecias autorrealizáveis exatamente opostas ao que desejamos, alimentando a dor e o sofrimento.
As principais consequências disto são a insatisfação constante consigo mesmo e com os outros, como se ninguém lhe entendesse ou compreendesse sua situação ou contexto, mas nem mesmo se esforça para explicar, clarificar ou resolver, e também a negligência com sua saúde física e mental que somatiza de várias formas doenças físicas e psicológicas.
Mas tudo isso pode ser revertido, amenizado e até mesmo criar resultados extraordinários e positivos, pode até ser simples, mas compreendo que será difícil, demorado e irá exigir comprometimento e constância, e a principal solução, é a de compartilhar o máximo possível com o máximo de pessoas suas ideias, sentimentos, emoções e pensamentos.
Busque opiniões, conselhos, apoio e ajuda em círculos familiares, trabalho e amigos.
Tente através da percepção dos outros e da sua entender:
- O que você busca?
- O que você quer ver respondido?
- O que você está tentando resolver?
- O que está na sua frente e você não enxerga?
- O que você evita diariamente?
Na maioria das vezes as nossas respostas estão na forma como realizamos as nossas próprias perguntas e questionamentos.
Espero que este isolamente transforme-se em coletividade, colaboração, cooperação, criatividade e principalmente coragem para seguir em frente e criar uma grande rede de relacionamentos verdadeiros, genuínos e duradouros.
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