O Prestativo

Nada tenho a ver com não gostar de mim. Me aceito impura, me gosto com pecados e há muito me perdoei.

- Martha Medeiros -

Quem não gosta de se sentir aceito, reconhecido e de receber elogios e aplausos, não conheço realmente alguém que não o queira e não busque essa sensação no seu dia a dia, seja no cotidiano da vida pessoal, seja nas terafas e metas profissionais, em todos os lugares que vamos, com as pessoas com quem nos relacionamos, nossa atenção principal, por vezes, está direcionada a agradar, ser prestativo e principalmente colaborar e ajudar os outros.

Este comportamento de aceitação e reconhecimento é um aval e confirmação muitas vezes que estamos indo na direção certa, fazendo a coisa certa e obtendo os resultados esperados, talvez esteja relacionado ao nosso processo de aprendizado, principalmente em nossa infância, onde ter a atenção e a aprovação de nossos pais, parentes e amigos era de extrema importância e nos conduzia em meio a diversas oportunidades, perspectivas e pontos e vistas diferentes, uma busca por nosso lugar ao sol.

Porém quando transformamos este hábito de buscar a aceitação e o reconhecimento com elogios e aplausos em algo essencial e externo, podemos nos ver realizando coisas que vão contra nossos objetivos e propósitos simplesmente porque irá trazer os benefícios esperados, mas nos afasta de nossos objetivos e metas.

Querer ser prestativo e útil o tempo todo para os outros, nos deixa com pouco tempo para sermos realmente prestativos e úteis com nossas próprias necessidades e objetivos, sabotando assim nossos resultados internos de crescimento e desenvolvimento.

Além disso, nossos comportamentos e atitudes são medidos por fatores externos que estão fora do nosso controle, pois nunca saberemos se estamos agradando e sendo aceitos e com isso inibimos nossas ações com medo da opinião alheia concentrando nossos esforços somente nas necessidades dos outros nos esquecendo de nós mesmos.

É preciso desenvolver uma autoaceitação e autoconfirmação de seus próprios valores, virtudes e comportamentos, criar e seguir seus próprios objetivos e propósitos e acreditar e confiar na sua capacidade sem medir seus esforços pelos olhos externos da multidão mas pelos próprios esforços de fazer e de ser a sua melhor versão dentro da sua realidade e contexto.

O melhor ponto de reflexão e convergência da prestatividade é quando ela busca atender não as necessidades externas apenas para suprir o desejo de ser aceito e reconhecido, mas quando ela esta direcionada ao bem comum, bem estar e a resultados de ganho mútuo valorizando principalmente nossas emoções, sentimentos e necessidades.

Conhece-te, aceita-te, supera-te.

- Santo Agostinho -

Faço porque é o certo a ser feito, ou faço para que se torne o certo a ser feito para mim?
Determino minhas ações com base em minhas necessidades e as respeito?
Meus comportamentos são alinhados com meus valores e propósitos?
Pense a respeito, e antes de ser prestativo aos outros, seja prestativo consigo mesmo, tenha aceitação por quem você é e confirmação de que fez tudo ao seu alcance para atender ao bem comum e ao seu próprio bem estar e qualidade de vida.
1. Que informação este sabotador me transmite e o que eu sinto?
2. Este sabotador alimenta meus pensamentos e o que eu sinto?
3. A que tipo de crença este sabotador está ligado?
4. Há algo no meu passado que alimenta esse sabotador?
5. Esse sabotador é uma ameaça à minha existência e mostra-se como barreira difícil de ultrapassar?
De 1 a 10 o quanto você tem se esquivado do que realmente importa na sua vida?

 

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